Do dia em que tempo parou

Apesar dos prólogos individuais e quase em conjunto, foi há cinco anos que nossa história, de fato, começou. Sempre que me lembro daquela noite no bar, do nosso “esbarrão”, não no sentido literal, em minha mente a cena se desenrola como a cena de Peixe Grande quando Edward vê a Sandra pela primeira vez: o mundo ao redor congela, a música se silencia e aquele mero segundo se torna apenas nosso. É assim que eu sempre vou me lembrar, de você me olhando a alguns metros de distância e eu encostado na parede com meu copo de chope, os dois sorrindo. Então a cena se acelera para colocar o tempo em ordem, você caminha até mim e simples assim, tudo começa.

Das várias coisas que guardo na memória e daquelas que se perderam no caminho, eu já não me recordo totalmente de como eu era nos meus capítulos sem você, pois juntos nós aprendemos a construir e a evoluir como pessoa. Ouso dizer que conseguimos trazer o melhor do outro para a superfície. Hoje é tão comum ser eu com você que não preciso mais me lembrar de tempos solitários. Sua presença é constante em minha vida, estejamos perto um do outro ou não.

Cinco anos pode ser um tempo razoavelmente longo para um relacionamento, mas não para nós, os dias, semanas e meses transcorrem em sua velocidade particular e nós vamos vivendo nossas vidas, cultivando e criando nossas histórias tendo ele como aliado. O tempo sempre tem algo a ensinar para aqueles que estão atentos.

Desde o dia em que nos conhecemos, 1.826 dias se passaram até o dia de hoje e cada um deles contribuiu e ainda contribui para que a gente se apaixone um pelo outro cada vez mais. Espero que mais milhares de dias se passem ao seu lado e que a gente nunca se esqueça de nenhuma de nossas datas, principalmente desta em especial que iniciou essa aventura em nossa vida, universo e tudo mais.

P.S.: A imagem é de um quadro do bar em que nos conhecemos que aparece na foto do primeiro dia