Sei que essa data com o tempo se tornou uma isca do capitalismo para
fazer os apaixonados gastarem seu dinheiro com buquês de flores e chocolate em
caixas com forma de coração, tudo muito bonito, mas não para mim, obrigado.
Gosto de presentear com coisas que possuam um significado para mim e,
que por isso, terá para a outra pessoa.
Nós compartilhamos a paixão por livros, pelas histórias, personagens e
cenários. Portanto esse seria o presente ideal há três anos no nosso primeiro
dia dos namorados juntos.
Escolhi dois dos meus livros favoritos e os comprei para ela (O Nome
do Vento e O Temor do Sábio, do barbudo Patrick Rothfuss que até hoje está
devendo o terceiro livro para encerrar a história), além de acrescentar "O
Escritor que nunca viu e outras histórias", livro que contém um conto meu de um
concurso que participei alguns anos atrás.
Eu não podia estar mais satisfeito com o presente, pois sabia que ela
gostaria bastante. A encontrei naquele
dia na rodoviária, próximo ao local do primeiro beijo roubado e a presenteei,
confesso que não fui romântico a ponto de embrulhar os livros, mas convenhamos
que a embalagem não importa de qualquer jeito.
Não fui esperando, não 100%, receber algo em troca, tinha só uma
pontinha de curiosidade para saber o que ela poderia ter comprado para mim.
Fomos para casa dela e lá ela me entregou meu presente: um marcador de
páginas personalizado e um chocolate roubado do presente da amiga para o
namorado dela. É, eu sei.
Então ela contou a história de como meu presente foi entregue no seu
trabalho, mas estava no nome da mãe dela, portanto alguém mandou de volta por
não reconhecer o nome, meu suposto presente também era um livro, dos favoritos
dela.
Acreditei na história para o bem da relação, claro.
Mais tarde naquele dia, ou talvez em outro em que eu estava lá, ela
recebeu um telefonema da Submarino sobre a entrega e vejam só, ela tinha
conseguido comprar o último livro do estoque, portanto com o rolo da devolução
e tal, não tinha mais o livro disponível.
Lembro de ter chegado em casa, da minha mãe super feliz me perguntando
o que eu tinha ganhado e eu mostrando o marcador.
Meu presente por fim chegou com um ou dois meses de atraso, eram dois
livros (Labirinto e Sepulcro, da Kate Mosse, pelo que me consta também há um
terceiro livro ainda para lançar).
Embora eu não tenha ganhado presente no dia em si, ela me deu uma
história para contar e isso é algo que sempre vai me deixar feliz, pois sou um
contador de histórias, sejam elas vividas por mim ou não.
Melhoramos muito na segunda comemoração, mas essa história fica para
outra hora.
Celebremos o amor, meus caros, pois quem o tem de verdade, sabe que
esse é o melhor presente de todos.
Vim aqui me defender publicamente! Hahahaha o presente chegou no mesmo mês, demorou mas chegou HahahaHa, mas como a gente sabe, apesar de ser uma data comercial o mais importante é celebrar o amor na sua plenitude e isso meu caro, não faltou e que o universo permita não faltar nunca <3
ResponderExcluirO mais feliz das datas comemorativas , não é a data, é saber que o dia a dia é que nos permite comemorar a mesma